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História do
Surf em Ubatuba |
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O
empresário Paulo Issa, 47, e seu irmão Ricardo
Issa, 44, Foram um dos pioneiros na prática do
Surf em Ubatuba, em 67.
Com 16 anos, Paulo pegava ondas com uma prancha de
madeirite (compensado de madeira), em São
vicente-SP. Aos 17 anos, trouxe a primeira prancha
para a atual capital do Surf.
"Eu era menor de idade e não tinha carteira de
motorista, minha prancha teve que vir por uma
transportadora; a jogamos na água, na Praia da
Enseada, só para brincar. Minha família tinha casa
lá", afirma.
Em
68, aos 18 anos e já com habilitação nas mãos,
Paulo e Ricardo Issa decidiram enfrentar a então
temida Praia Grande. "O acesso era difícil. Na
época, a mata encobria toda a beira da praia; não
era possível ver o mar. É inacreditável como a
Praia Grande mudou, era tão brava que os caiçaras
tinham medo de freqüenta-la. Acredito que com o
desmatamento, o mar ficou mais calmo. As
características da Praia Grande se transformaram
radicalmente", diz Paulo.
A Praia do Itamambuca, hoje palco dos principais
mundiais de Surf, foi "descoberta"no verão de
1968, quando uma turma de aventureiros resolveu
conhecer novos points para Surfar. Enfrentaram a
tortuosa estrada velha, que liga o bairro da
Casanga a Praia de Itamambuca. "Quando chegamos,
ficamos impressionados com o tamanho das ondas,
eram enormes", lembra Paulo. |
Outro grande fera da história do Surf em Ubatuba é
o engenheiro Fábio Madueño, 44. Veio para Ubatuba
em 68 e já pegava ondas. Começou em 1967, com 15
anos, no Guarujá. Madueño e os amigos Lívio e
Olávo tiveram a idéia de alugar pranchas na Praia
do Tenório. "chegavam a pesar 20 quilos e possuíam
até 3 metros de comprimento. Eram pranchões, tipo
long board", fala Madueño.
Segundo Issa, em 1970, a moçada que praticava o
Surf fez um campeonatinho. "Era só para Brincarmos
um pouco". Da simples brincadeira, surgiram os
grandes campeonatos de Surf, realizados em
Ubatuba. Em 71 com o intuito de dar continuidade à
brincadeira, Paulo resolveu promover outro
campeonato na Praia Grande. Desta vez fez uma
pequena propaganda, que garantiu o sucesso da
então ingênua diversão: espalhou cartolinas -
"Campeonato de Surf em Ubatuba" - pelo centro do
Guarujá. "Foi uma tremenda surpresa, veio muita
gente, até caravanas", se exalta. Já em 1972,
Paulo fundou a Associação de Surf de Ubatuba - ASU
- e realizou o primeiro Festival Brasileiro de
Surf, disputado até 1987.
"Nos primeiros eventos, os surfistas acampavam na
Praia Grande. Dividiam-se em turmas, cada um na
sua área. Causavam certo impacto à população de
Ubatuba; geralmente eram loiros, cabeludos e
criadores de moda, gíria, comportamento", afirma
Issa.
Da necessidade de possuir uma associação de Surf
local, em 1979 foi criada a AUS - Associação
Ubatuba de Surf. Os fundadores são: Alberto Jacob;
Liberal; Augusto; Nené; Pedrão; Pedro Paulo T.
Pinto e Jeffo. Em 1988, a AUS promoveu o Sundek
Classic, considerado um dos grandes acontecimentos
do Surf mundial. O Sea Club brasileiro foi
promovido em 1989 e 90 por Paulo Issa.
Hoje o Surf faz parte da vida da cidade e possui
raízes profundas em Ubatuba, que a cada dia revela
grandes nomes internacionalmente conhecidos, como
Ricardo Toledo, Bi campeão brasileiro
profissional; Tadeu Pereira, campeão Paulista
profissional 99, surfista que integrou a elite
mundial do WCT; Odirley Coutinho, campeão
Billabong Pro Jr 99; Renato Galvão, campeão
Paulista iniciante e mirim; Narciso Oliveira,
campeão Paulista profissional; Edgar Bischof,
campeão brasileiro iniciante; além de Isaias Silva
e dos novos talentos como Edgley Santos,atual
líder do brasileiro mirim;Saulo Jr.,líder do
Paulista Junior e Pierre Romann,líder do Paulista
estreante. |
O
Brasil é a terra do futebol e Ubatuba é a capital
do Surf. |
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